Babel-17, Samuel R. Delany

Título: Babel-17 (Babel-17)

Autor: Samuel R. Delany

Editora: Morro Branco

Ano: 2019 (1ª ed. 1966)

Páginas: 274 p.

Formato: Em papel

Sinopse: Aos 26 anos, Rydra Wong é a poeta mais popular das cinco galáxias conhecidas. Quase telepaticamente perspicaz, sua obra captura o humor da humanidade após duas décadas de guerra selvagem. Desde a Invasão, a humanidade sofreu com fome, pragas e canibalismo – mas sua maior catástrofe será Babel-17. Em meio a suspeitas de sabotagem, Rydra é convocada pelas Forças Armadas para analisar as ondas sonoras que precedem e sucedem cada ataque que ameaça minar os esforços da guerra. E no que aparenta ser um eco sem nexo, ela reconhece uma mensagem coerente, com toda a beleza, ordem e poder de persuasão que só uma língua possui. Agora, Rydra precisa reunir uma equipe improvável e dominar essa língua estranha. Ao compreender melhor o outro lado, será que conseguirá resistir à tentação de se juntar a ele?

Opinião: PUTAQUEPARIU, QUE ESCRITOR, MEUS AMIGOS!

Eu já havia ouvido falar de Delany (porque tenho a lista completa dos ganhadores do Hugo e do Nebula, e pretendo ler todos – louca, eu?), mas ele demorou a ser traduzido para português. Eu até posso ler em inglês, mas ficção científica eu sempre acho complicado ler em uma língua que não domino: os autores inventam palavras, e eu fico mais perdida e aproveito menos o texto. Isso quer dizer que eu perco muita coisa de autores que amo, mas é uma opção minha, no final das contas.

Delany é um dos poucos autores negros de ficção científica a fazer sucesso nos idos anos 60/70. Além disso ele é gay e disléxico – num mês que falam tanto de representatividade, esse é um bom ponto a colocar – e escreveu diversos ensaios críticos sobre essa “conjuntura de fatores” que faz dele o que é.

Traduzido para português pela editora Morro Branco, pioneira em trazer também a diva Octavia Butler, o livro tem duas de suas histórias: Babel-17, ganhadora do prêmio Hugo, e Estrela Imperial (que vou falar em outra postagem).

Assim que li a sinopse, Babel me pareceu outra coisa. Se você, assim como eu, assistiu ao filme “A chegada” e o conto em que foi baseado (do autor Ted Chiang), vai perceber uma similaridade nas histórias. Ambas falam de uma linguagem semântica e gramaticalmente diferente de tudo que temos, e de uma especialista contatada para decifrar esse código – mas a narrativa de Delany é umas boas décadas mais antiga.

Sempre fico na dúvida do quanto revelar do enredo e dos personagens. Esse foi um título que percebi que quanto menos você sabe antes de começar, mais interessante. Recomendo atenção plena na leitura, porque são os detalhes que constroem o sentido.

Acompanhamos Rydra, poetisa e linguista exímia, quando ela é chamada pelos militares a colaborar na tradução de um “código” que está sendo usado para atacar a Aliança. Para cumprir a tarefa, pede total liberdade para ir e vir, incluindo a seleção de sua própria tripulação. A partir daí conhecemos uns personagens muito… peculiares, com interações específicas, alguns plot twists, e gente, que loucura!

Se você curte scifi, só digo: LEIA. Sério, que autor, gente!

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