Kindle apoiado em estante amarela, cheia de livros, e com a capa do

O livro do conforto, Matt Haig

Título: O livro do conforto (The Comfort Book)

Autor: Matt Haig (Inglaterra)

Editora: Intrínseca

Ano: 2021

Páginas: 256 p.

Formato: Digital

Sinopse: No mundo estressante e imediatista em que vivemos, é cada vez mais comum que as pessoas desenvolvam doenças como transtorno de ansiedade e depressão. Sentimentos de angústia, medo do futuro, vazio e profunda tristeza podem chegar de mansinho e tomar conta de tudo, e às vezes parece que nada vai melhorar. Mas vai. Esta é a principal mensagem de O livro do conforto, um compilado de reflexões, dicas e pequenas doses de esperança que nos consolam, ajudam a atravessar momentos difíceis ― ou a nos fortalecermos para eventualmente encará-los ― e oferecem novas maneiras de ver o mundo e a nós mesmos. Matt Haig, que superou ele próprio momentos sombrios de depressão, escreve com leveza e nos mostra como tudo, por mais complicado que pareça, pode melhorar se mudarmos nossa perspectiva. E que as coisas passam e dias melhores vêm. Misturando filosofia, memórias e autorreflexão, além de compartilhar da sabedoria de grandes filósofos e personalidades ― de Marco Aurélio a Nellie Bly, de Emily Dickinson a James Baldwin ―, Haig também brinda o leitor com conselhos práticos e listas com músicas e filmes para relaxar. Ler este livro é como ouvir o conselho de um bom amigo ou receber o conforto de um abraço, ideal para os momentos em que simplesmente desejamos comemorar o milagre incompreensível de estar vivo.

Opinião: (ALERTA DE GATILHO LEVE SOBRE TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS)

Uns meses depois de ler A Biblioteca da Meia-Noite (livro faladíssimo), chegou às minhas mãos esse livrinho. Eu já fico meio mordida quando a mensagem da capa é tão óbvia, mas por ser do autor que é, dei a cara à tapa.

Não é mistério por aqui que eu tenho Transtorno de Ansiedade, e que por causa dele já passei (e passo) por maus bocados. Poucos sabem que é comum a crise de ansiedade ser seguida/acompanhada por crises de depressão e pensamentos cíclicos de “opções mais fáceis”, como suicídio. Sim, essa palavra muitas vezes sussurrada, em que as pessoas não querem nem falar, tirando no setembro amarelo (como se distúrbios mentais só acontecessem em setembro😒). Então foi interessante para mim ver Haig escancarando as portas do que passou e do tipo de situação que viveu, incluindo sua profunda depressão, sua falta de vontade de viver e os anos que passou tentando reaver controle da própria vida.

E o que isso tem haver com conforto? Exatamente porque ele “já esteve lá”, ele sabe o que é estar do lado vulnerável e quebrado, que ele consegue falar disso. Haig reuniu textos dele, anotações, frases de outros autores, truques para tornar as coisas mais leves e até listas de músicas e uma ou outra receita para acalentar corações e mentes. Sobre auto aceitação, viver o presente, que s coisas passam, que a vida é preciosa.. sobre viver, além de sobreviver. E que nem sempre é fácil, mas que vale a pena (essa frase pode até parecer dramática, mas quem encara certos transtornos sabe o quanto ela pesa!)

Eu costumava me preocupar em me encaixar, até que percebi que a razão pela qual não me encaixava era porque não queria

Sacada, Haig

Particularmente, eu achei que algumas partes ficaram um cadinho repetitivas. Ao mesmo tempo, sei que é da estrutura do livro (ele escreveu coisas semelhantes em diferentes momentos; mas quando colocaram no livro, ficaram em páginas coladas, o que dá a sensação de repetição) e que, psicologicamente, a repetição é usada para nos fazer internalizar certos pensamentos.

Se você está passando por um momento difícil (o que, no país de hoje, quem não estiver é privilegiado SIM!!), ele consegue colocar um quentinho no seu peito sim. Se você está “bem”, também consegue aproveitar bem o livro – SE você tiver empatia.

Na verdade, eu recomendo para todo mundo. Só peço que não saiam usando citações nas redes sociais sem conferir se são dele mesmo ou se é uma das que ele incluiu de outros autores – chega de frases sendo atribuídas aos autores errados, a bibliotecária em mim fica triste com isso ainda 😁

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