Menina má, William March

Capa e contracapa do livro Menina Má, de William MarchTítulo: Menina má (Bad seed)

Autor: William March

Editora: Darkside

Páginas:  262 p.

Ano: 2016 (1.ed. 1954)

Formato da leitura: Livro físico

Sinopse: Quando nasce a maldade? Nascemos todos inocentes e somos corrompidos pelo mundo à nossa volta? Ou será a maldade uma espécie de semente que carregamos dentro de nós, capaz de brotar mesmo na mais adorável das crianças? Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

Opinião: Eu estava paquerando esse livro há tempos, quando a Barbara me avisou que tinha um presente chegando para mim ❤ (Obrigadaaaa!) É óbvio que ele pulou na frente da minha lista de leitura, e é óbvio que eu já acabei com ele.

Eu geralmente começo os comentários falando sobre a história do livro, mas acho que a sinopse aí em cima resume bem. A família de Rhoda é nova na cidade, e um enorme infortúnio ocorre com um coleguinha de escola da menina; a mãe, de início cética, passa a pesquisar o que realmente aconteceu, e cavuca um buraco muito mais fundo do que imaginava.

A verdadeira história do livro não é sobre a menina. Ela é uma psico-sociopata, que não tem capacidade de sentir amor ou remorço, gananciosa e manipuladora; não é muita novidade nos dias de hoje, já vimos uma penca de histórias com crianças – e adultos – assim. É claro que precisamos lembrar que a história foi escrita em 1954, quando o coeficiente de “chocabilidade” das pessoas era um pouco maior (segundo livro seguido que leio escrito nesse ano, o Eu sou a Lenda também é…)… mas, continuando, a história é sobre Christine, a mãe de Rhoda.

Christine é uma mulher comum, feliz em seu casamento, com uma filha “adorável”. É claro que ela percebe que há algo de estranho na filha e em seu comportamento essencialmente frio, mas evita pensar nisso, suplantando os problemas com a lealdade que uma mãe deve à sua filha. Quando a situação com o menino da escola acontece, ela não consegue evitar em pensar em outra situação semelhante de passado, onde a menina também foi o último contato em vida de outra pessoa que faleceu.

Buscando as explicações para esses e outros fatos estranhos ligados à sua filha, Christine começa a ter flashes de situações de seu próprio passado, e a se perguntar: até onde ela tem culpa sobre o comportamento da menina? Onde ela falhou com sua educação? Essa frieza de Rhoda é algo adquirido por excesso/falta na criação, ou nasce com a pessoa? E se nasce com ela, como culpar alguém além dos próprios pais?

A trama vem num crescendo, e a cada descoberta de Christine ela vai encontrando as respostas das situações no entorno da filha – não que ela não tente negar suas impressões. Em seu ápice, ela sai da letargia, mas sempre protegendo o segredo da sua filha – ou seria o segredo monstruoso dela mesma? O final é ótimo, achei digno, rsrs

Os personagens secundários também são excelentes figuras, especialmente a vizinha mais chegada e o zelador do prédio, que tem papéis importantes no desenrolar da trama. Mas querem um conselho? Não leiam a introdução do livro que a Darkside adicionou, não antes de terminar o livro. Foi escrita em 1997, e acho sinceramente que estragou parte da surpresa do livro, por eu já saber o que esperar de certos personagens; e influenciou minha leitura mais do que devia. Pule a introdução, leia o texto, e quando terminar, retorne e compare com o que você achou (nunca achei que ia conselhar alguém a NÃO ler a introdução, sempre julgo mal gente que faz isso 😛 )

Eu gostei do livro, apesar de realmente perceber a construção da narrativa bastante datada. Leitura bem rápida, o livro é curto e flui fácil. A sensação que eu mais tive foi a de querer DAR NA CARA da Rhoda, o tempo todo. Rápido, relativamente raso, leitura boa para essas “férias” que estou tendo 🙂

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